sábado, 5 de maio de 2012

Mães e comida!



Foto clássica da família: 5 gerações juntas, eu, meu filho, mainha, vovó e bivó

O Dia das mães está chegando, e eu não poderia deixar de fazer um post especial sobre as mães, especialmente sobre a minha mãezinha, que hoje está ao lado de Deus Pai. E nesse post vou falar também de comida, que tem tudo a ver com mãe, afinal, são as mães que, desde o começo, alimentam a vida, seja nutrindo nossa alma com amor, seja nos amamentando desde os nossos primeiros dias, ou, ainda, ao longo da vida, nos fazendo os pratos que mais gostamos, nos enchendo de mimos e guloseimas e de doces alegrias.


Minha mãe era uma mulher excepcional. Uma unanimidade, sem dúvidas. Roubava sorrisos das pessoas e as conquistava num intervalo de tempo mínimo. Era um charme. Era linda. Era carismática. Uma jóia rara. Palhaça (no sentido mais alegre e divertido da palavra), envolvente, inteligente e viva. Vaidosa, esbelta, altiva. Boa tudo...boa filha, boa mulher, boa irmã, boa prima, boa tia, boa amiga...e uma mãe maravilhosa, amorosa, carinhosa, fofinha. Cheia de manias e de gostos, cheia de caras e de bocas, cheia dos melhores sentimentos imagináveis! Ah! Que saudades eu tenho da minha mãezinha, a mulher que mais admirei e em quem eu me espelho para passar pela vida! Virgínia Maria Nogueira Gadelha Pimentel o nome dela. Pra mim, mãe, mainha, mamãe, minha mãe, querida, amada, saudosa, mas sempre presente em minha lembrança e no meu viver. A ela eu dedico não este post, mas a minha vida.


Mainha era, além de tudo, uma anfitriã daquelas perfeitas. Perfeita em tudo ela era. Expert na arte de receber. Envolvente e carismática, não deixava ninguém “por fora” quando recebia...conseguia fazer a pessoa mais tímida ficar super à vontade. E era caprichosa no quesito “cardápio”...suas escolhas sempre agradavam, eram sempre maravilhosas, e eu aprovava tudo, comia tudo, aprendia a fazer tudo. Dela herdei o bom gosto culinário e o amor e a dedicação em receber. 


Vou falar um pouco das entradas, dos pratos, das saladas e das sobremesas favoritas da minha mãezinha, das comidas que não podiam faltar jamais lá em casa, quando recebíamos visita.


De entrada, ela adorava servir creme de aspargos, sempre! Só em escrever eu posso sentir o cheiro do creme, cheiroso, saboroso, verdinho...com torradas, então, fica perfeito!


A salada tinha que ser a de bacalhau, uma receita de Vovó Do Carmo, que, aliás, foi quem me ensinou a cozinhar os primeiros pratos. Vovó era uma cozinheira de mão cheia, dela herdei o talento para o preparo de pratos.


O prato principal das recepções em minha casa era sempre a Lagosta ao Thermidor. Ah! É a cara da minha mãe! A Lagosta ao Thermidor reinava sempre nos eventos lá de casa.


Mas também não posso deixar de falar do Camarão a Catupiry...Mamãe amava Catupiry...tudo com catupiry...Eu quem aprendi a fazer e ela adorava o prato.


Ah! E nunca, nunquinha mesmo, podia faltar o bom e tradicional Filé ao Molho Madeira, salgadinho, macio, cheio de sabor...



As aves que me perdoem, mas não tinham muito espaço nos cardápios da minha mãe, porque ela tinha horror! É porque ela não chegou a experimentar meu Conchiglione de Frango...certeza que ela iria gostar rsrsrsrsrs...


Em relação às sobremesas, em primeiro lugar eram as frutas da estação. Na mesa lá de casa não podia faltar, de forma alguma, frutas! Tinha taças de sobremesas, mas, jamais, faltavam frutas da época: pinha, se fosse época de pinha, morango, se fosse época de morango, caqui, se fosse época de caqui. Enfim, mainha dizia que as frutas eram imprescindíveis! De sobremesa mesmo, ela amava docinhos de nozes (meus preferidos também)...E se tivesse um pudim de leite...Mainha amava um pudim de leite, aliás, o meu pudim de leite era o que ela mais gostava. Saía de onde estivesse e ia lá em casa comer um pudinzinho!




E, no fim de cada almoço, tinha o bom e velho cafezinho, com um papinho agradável na varanda lá de casa, perto do jardim, com as histórias pitorescas da minha mãezinha!


Mamãe e papai recebiam todo mundo...a família, os amigos, os amigos dos amigos, empresários, prefeitos, governadores, ministros, embaixadores, presidentes, e todos eles se deleitavam com as maravilhas culinárias escolhidas por mamãe, todo mundo que experimentava adorava...e o segredo do sucesso de cada prato de minha casa é o amor, aliás a razão por que mamãe era tão querida, tão bem-quista: mamãe amava! Ela era a personificação do amor e da alegria!


A todas às mães, meu feliz dia das mães! 


E a todos os filhos: mãe é a melhor coisa do mundo, então ame a sua, cuide dela, aproveite cada instante com ela, intensamente, como se fosse o último, todos os dias, porque, apesar de perfeitas, elas não são eternas e, quando se vão, deixam uma saudade louca!


Às mães, ao amor! Viva!


Minha mãe linda, num baile de carnaval



Um comentário:

Sandra Regina Souza disse...

Realmente Dani!!!! Dr Virginia era tudo isso mesmmo que vc disse, pena que não tive o prazer de trabalhar com ela, mais ela educou muito bem os filhos e hoje tem muito orgulho de trabalhar com pessoas maravilhosas que são vcs. Junior, Dani e meu eterno patrãozinho Dr Carlos. Bjuss