Depois de 1994, o Dia das Mães passou a ser uma data
saudosa e triste pra mim, já que, naquele ano, perdi aquilo que Deus tem de
mais precioso, divino e próximo à Sua grandeza para oferecer, de mão beijada, a
todo ser humano, inclusive a Si mesmo: uma mãe. Minha mãezinha partiu nova para
Céu, na idade que tenho hoje, deixando um imenso vazio em todos nós, tamanha
sua alegria de viver e celebrar, a cada instante, a dádiva da vida! Era um anjo
que Deus queria perto Dele, para fazer festa no Céu!
Ela amava o Dia das Mães, como todo dia festivo, e
sempre o comemorava com tudo o que tinha direito: uma mesa farta, a família
unida, música e, sobretudo, amor, muito amor, beijos e carinhos. Sem ela,
passei a sentir nada mais que uma saudade apertada a cada segundo domingo de
maio, já que não tinha mais minha mãezinha para presentear, para dar carinho,
para preparar um almoço gostoso de Dia das Mães, para mimar, para “paparicar”
um pouquinho.
Mas Deus, um velhinho vivido, que sabe todas as
coisas, em sua sabedoria infinita – aquela, que encaixa tudo em seu devido
lugar, na hora certa, que preenche o vazio e esvazia o excessivamente cheio –,
há 5 anos, me deu a oportunidade de, todo Dia das Mães, suavizar um pouco
aquela ausência, ensinando-me a canalizar o amor saudoso para preparar, com o
tempero do carinho, como se para minha mãezinha fosse, e com a memória alegre
que ela me traz, o almoço das várias mães de hoje.
Meu Dia das Mães se transformou e passou a ser mais
alegre e agitado – e põe agitado nisso! Desde o sábado e por toda madrugada,
até chegar ao domingo, junto-me aos meus filhos e às mães da família DG para,
imaginando cozinhar pra ela, tão linda e tão distante – mas tão presente no
coração, como se ontem tivesse sido sua partida –, aprontar os almocinhos das
tantas famílias, das tantas mães que nos procuram. Tenho menos, ou quase nada
de tempo para a tristeza, que se vê obrigada a transformar-se em alegria.
Vocês, posso dizer sem errar, há 5 anos fazem do meu Dia das Mães um dia mais
feliz, por me permitirem levar um pedaço generoso de felicidade para suas
mesas, num almoço preparado por uma mãe, com seus filhos, para outras mães,
como se para sua mãe fosse! Obrigada!
Antecipo a todas vocês um feliz Dia das Mães,
lembrando – ou ensinando – os filhos leem este post que o segundo domingo de
maio é apenas um símbolo de uma pessoa que deve ser celebrada todos os dias, a
cada milésimo de segundo, pois mãe é maravilhoso, mas – antes fosse – não é
eterno!
Então beije, arroche, abrace, paparique, mime,
aperte, beije mais, pergunte, chame por ela, aperte mais, abrace mais uma vez,
beije mais uma vez, diga que ama o tempo inteiro, antes, durante e depois de
beijar de novo, porque, no dia em que não for mais nunca possível fazer isso,
você não vai se arrepender jamais de não tê-lo feito!
Exagere no amor com ela!